As memórias dos tênis

João saiu do escritório e caminhou até a praça do bairro. Fazia um dia ensolarado, e ele estava ansioso para descansar e relaxar.

Assim que chegou à praça, sentou-se em seu banco favorito e olhou ao redor. A praça estava cheia de pessoas, aproveitando o dia de sol. Crianças brincando, famílias passeando, idosos conversando.

João respirou fundo e fechou os olhos. Ele podia ouvir o som das crianças rindo, o canto dos pássaros, o barulho do vento nas árvores.

De repente, ele sentiu algo tocar seu pé. Abriu os olhos e viu um cachorro, um labrador preto, lambendo seu tênis.

João sorriu e acariciou o cachorro. Aquele tênis era o seu favorito, um modelo clássico que ele usava desde a faculdade.

Ele olhou para o tênis e sentiu uma onda de nostalgia. Lembrou-se de todos os momentos que passara com ele.

Lembrou-se das festas que frequentou, dos passeios que fez, dos encontros românticos que teve.

Lembrou-se também dos momentos difíceis, como quando perdeu o emprego e quando sua namorada terminou com ele.

O tênis estava lá, sempre ao seu lado, testemunhando tudo.

João olhou para o cachorro e disse: "Você também é um fã de tênis, hein?"

O cachorro latiu e abanou o rabo.

João sorriu novamente. Ele estava feliz por ter aquele tênis, um companheiro de jornada que guardava tantas memórias.

Ele sabia que, um dia, aquele tênis estaria gasto e rasgado. Mas, mesmo assim, ele nunca o trocaria.

Para ele, aquele tênis era mais do que apenas um par de calçados. Era um símbolo de sua vida, um pedaço de sua história.